“E a minha língua gruda no céu da boca” (Sl 22.15).
Jesus usou fortes imagens para descrever sua sede: derramado como água, o coração derretido como cera, a força que secou. Agora, sua língua gruda em sua mandíbula.
Ele não havia bebido nada desde a Última Ceia, a não ser que o anjo que o serviu durante sua oração no jardim do Getsêmani tenha lhe dado algum líquido. Mas mesmo nessa intensa oração no jardim, Jesus começou a derramar-se por nós. Lucas nos diz que “o seu suor era como gotas de sangue caindo no chão" (Lc 22.44). A partir daquele momento, água ou outra bebida não foram permitidas a ele.
Pendurado nu na cruz, sob o sol escaldante, Jesus fica mais e mais desidratado. Ele está tão sedento que sua língua gruda no céu da boca. Os soldados romanos molham uma esponja com vinagre de vinho e a mantém na frente de sua boca, mas fora do seu alcance. É parte de sua cruel zombaria (Lc 23.36). Só momentos antes da sua morte, ao pagar pelos nossos pecados, é que ele vai realmente beber algo.
Jesus descreveu o inferno de maneira semelhante em seu relato sobre o rico e Lázaro. O homem rico “sofria muito no mundo dos mortos... Então gritou: “Pai Abraão, tenha pena de mim! Mande que Lázaro molhe o dedo na água e venha refrescar a minha língua porque estou sofrendo muito neste fogo!” Porém Abraão respondeu: “Meu filho... há um grande abismo entre nós, de modo que os querem atravessar daqui até vocês não podem, como também os daí não podem passar para cá”” (Lc 16.23-26).
Na cruz, Jesus sofreu o fogo do inferno e uma imensa sede para que você e eu nunca tenhamos sede.
Oração: Senhor Jesus Cristo, você sofreu as dores do inferno em meu lugar. Guarde-me nesta fé, levando-me para a sua casa gloriosa. Amém.
Leia em sua Bíblia o Salmo 143
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