terça-feira, 17 de junho de 2014

Contando ossos

“Todos os meus ossos podem ser contados. Os meus inimigos me olham e gostam do que veem” (Sl 22.17).

Um dos aspectos mais dolorosos da crucificação era ter todo o peso do corpo pendurado pelas mãos. O corpo era esticado pelo peso, o que causava intensa dor em cada articulação, músculo e osso. Esse esticar do corpo também fazia com que os ossos se destacassem. É por isso que Jesus os pode contar.
Davi, ao reunir no texto a habilidade de Jesus para ver e contar todos os seus ossos com o olhar e o deboche de seus inimigos, nos faz lembrar que os criminosos eram crucificados nus. Esta remoção de vestuário servia ao propósito de tornar a crucificação o mais intimidadora possível, adicionando a vergonha da nudez pública à dor excruciante. No caso de Jesus, os seus inimigos o olham com ódio, e sentem prazer ao ver seus ossos salientes e ao assisti-lo contorcendo-se em agonia.
Que amor impressionante nosso Salvador expressa! Ele bem que poderia pedir ao seu Pai que acabasse com esses malfeitores que têm prazer em ver o seu Senhor e Cristo sofrendo. Em vez disso, ele ora: “Pai, perdoa essa gente! Eles não sabem o que estão fazendo”.  Ainda que, para perdoá-los, ele tenha que tomar sobre si o castigo que eles merecem.
Isso também nos leva de volta à oração que ecoa repetidas vezes ao longo deste salmo: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Jesus repetidamente chama a atenção para a crueldade e selvageria de seus inimigos, sua zombaria, escárnio e tormento. Ele pergunta a seu Pai por quanto tempo ele o vai continuar abandonando, derramando sua ira e fúria sobre ele.
Oração: Senhor Jesus Cristo, seu amor e graça são impossíveis de medir. Você suportou tal desprezo e agonia por amor a toda a raça humana. Ajude-me a compartilhar esse amor com todos que conheço. Amém.
Leia em sua Bíblia o Salmo 6

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